segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Eu Escrevo à Caneta...




Escrevo desde pequena, sempre gostei de tatuar o papel com minha estórias. Tatuar sim, pois escrevo à caneta, sem corretivos por perto.
Escrever à lápis nunca fez meu estilo, nunca tive medo do fracasso. Eu sei que posso um dia encontra-lo. Se esse dia chegar eu irei cumprimenta-lo como um velho amigo.
Escrevo à caneta e me jogo de cabeça. Mesmo se eu soubesse que nada existe abaixo para amortecer a queda, eu me jogaria de cabeça.
Pobres aqueles que passam a borracha e calculam a altura da queda. Eles não entendem.
Me jogo de cabeça e sem fechar os olhos. Penso que, por escrever à caneta, cairei em um mar de rosas, ou ainda, se Deus permitir, não cairei jamais.
Escrevo a caneta, tatuando o papel, e me jogo de cabeça, com os braços abertos, porque, apesar de qualquer coisa, a queda vale a pena.

Barbara Galvão

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